10 months ago • J M J - Áudio Livros

Boa tarde, Salve Maria Imaculada e o coração de Jesus!

Sei o quanto estou ausente por conta de minha saúde. Conversando com a minha filha que a um tempo tocou no coração dela de fazer lives de novenas e Rosário de Nossa Senhora. O que os senhores e as senhoras pensam a respeito disto? (Deixe sua opinião - é muito importante)

Vamos passar por mudanças aqui, mas não pretendo acabar com os videos do canal,n1 pretendo voltar em breve! 🙏

Pensando em ajudar mais pessoas com as orações. 

Também será aberto para outras ideias de vós  quempossam agregar por aqui (comentem aqui)


Obrigado desde já! Abraços!                Att Luiz. 

1 year ago • J M J - Áudio Livros

Breve no Canal! O Segredo da Salvação

PREFÁCIO DO AUTOR



Na ascensão de toda a alma fervorosa para os cimos da perfeição, pode-se, em geral, distinguir como que duas fases muitas vezes pouco distintas, outras vezes nitidamente delineadas e que se poderiam condensar nestas duas palavras: intimidade com Jesus, identificação com Ele.



Essa identificação, cada vez mais maravilhosa, leva enfim a alma até à união perfeita da santidade, união chamada transformante — momento esse em que a alma pode exclamar em toda a verdade com o grande Apóstolo: “Vivo, mas não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim” 

1 year ago • J M J - Áudio Livros

https://www.youtube.com/watch?v=2MvWE... 

Pio IX e o Fim dos Estados Pontifícios - prof. Lucas Lancaster

Centro Dom Bosco

1 year ago • 39,396 views

1 year ago • J M J - Áudio Livros

https://www.youtube.com/watch?v=vPRfL... 

Meditação para o Domingo da Ressurreição do Senhor #055 - por Santo Afonso Maria de Ligório

Doctrina Fidei

1 year ago • 391 views

2 years ago • J M J - Áudio Livros

https://youtu.be/xv761jzk5Nk 

O que você precisa saber sobre a "Excomunhão" e o "Cisma" de Dom Lefebvre

Centro Dom Bosco

2 years ago • 18,656 views

3 years ago • J M J - Áudio Livros

O GENERAL SEM EXÉRCITO (A Renovação veio de Milão - São Carlos Borromeu)



 Quando os. milaneses, nas primeiras horas do alvorecer do dia 6 de abril de 1566, despertaram para recomeçar as lidas cotidianas, não imaginavam, por certo, que o arcebispo, após poucas horas de sono depois do ingresso semiclandestino da véspera, se encontrava já pronto para celebrar a primeira missa na catedral, para ocupar-se, em seguida, com Nicolau Ormaneto sobre assuntos relativos à diocese. Os trabalhos a realizar eram quase infindos, e o tempo para executá-los muito breve! A sensação da fugacidade e da brevidade da vida tornou-se, depois do retorno a Milão, impelente para o nosso santo. As mortes rápidas e improvisas, que em sua casa eram habituais, certamente não constituiriam exceção para quem, após o fim doloroso do irmão, se considerava forjado do metal comum a todos os parentes. Um metal forte, mas que se consome rapidamente.

 No entanto, entregou-se de corpo e alma à atuação da Reforma; e, primeiramente, em sua casa. Para consegui-la, eram imprescindíveis a energia e a decisão. Não dispunha de muitas forças auxiliares, para usar termos militares, e pouco ou mal armadas, espiritualmente falando. Nicolau havia dito e repetido isso em todos os tons. Durante o sínodo, que fora como que teste inicial da boa vontade dos que deveriam ajudá-lo, Carlos pudera constatar, em todo aquele vaivém de gente e o afã de sacerdotes em fazerem perguntas e retirarem-se cautelosos e medrosos, que sua "mística esposa", apesar de bela e esperançosa, era rebelde à obediência e lenta no despertar do letargo em que há tanto vivia. As próprias pessoas que deveriam acompanhá-lo lado a lado, na grande obra de regeneração, estavam dispostas a abandoná-lo ao sobrevirem as dificuldades, circundando-o quase sempre com a mais obstinada hostilidade.

 Carlos Bascapé comenta tais tempos com uma observação - profundamente singular: "Não se deve considerar infelizes aquelas cidades que causaram muitas tribulações a seus bispos; o que devemos é congratularmo-nos com elas por terem tido pastores tão santos; apresentemos, portanto, nossos cumprimentos a Londres, que matou Tomás de Canterbury, e a Florença, que espancou e feriu Santo Antônio; e depois rejubilemo-nos com esses bispos perseguidos, por terem recebido tão valioso prêmio!"

 Cândido Bascapé! Pedro Giussano, porém, que talvez amasse as tintas fortes, mas que andava informado de como se passavam as coisas, deixa-nos de Milão daqueles dias um quadro pouco lisonjeiro que, considerado à luz dos eventos políticos e do que outros narram da capital lombarda nos vários campos de sua vida social e espiritual, não está longe da verdade.

 Naufragara, quase por completo, a jurisdição eclesiástica, devido a mais de meio século de total abandono por parte de um guia esperto e de um clero que, renunciando a todo o freio e privado de qualquer controle, vivia pior que os leigos. Os sacerdotes vegetavam somente, vadiando noite e dia, munidos de toda a espécie de armas, sem nenhuma preocupação pelas próprias igrejas, que decaíam de maneira cada vez mais assustadora. Assistência religiosa, direção espiritual ou conselhos para uma alma necessitada? E quem poderia fazer tudo isso? Quem, sobretudo, possui vontade de o fazer? Pense-se que certos curas já não recordavam nem sequer a fórmula da absolvição, e como não administrassem o sacramento da confissão, estavam convencidos de que muito menos eles precisavam de tal sacramento. O povo dirigia aos pastores espirituais o mais irônico desprezo: "Se queres visitar o inferno, o caminho é o sacerdócio!" Imaginemos que espécie de estima!

 E os conventos? Um pouco menos dissolutos os habitados por frades, mas quanto aos femininos!... O pobre arcebispo deverá lutar não pouco para reconduzir os institutos das monjas ao que foram nos tempos de fervor e tornaram a ser durante o seu ministério; e encontrou continuidade, por grande fortuna, no Cardeal Frederico, que certamente teria subido à glória dos altares, se já lá não se encontrasse Carlos!...

 Os claustros, e principalmente as clausuras, não passavam de poeira para os olhos. Havia contínuas recepções, e dava-se hospitalidade com a máxima facilidade a damas que vinham esconder seus pecados - que eram numerosos e escandalosos como os hodiernos; haviam-se tomado, enfim, salões onde se dançava a mais não poder. A ignorância de Deus tinha alcançado tal grau, que muitos já haviam perdido o conhecimento de todos os sacramentos, e a população morria sem comunhão e confissão, com um descuido que fazia duvidar que se vivesse em terra cristã. O povo, adormecido pelo governo que o dessangrava continuamente com ladroeiras e taxas, e por um clero que estava sempre do lado dos potentes, preocupado unicamente de viver - para engordar, jazia em estado miserável, defendido por ninguém, espezinhado por todos e enganado sempre que fosse possível. Compensava-se, então, com bailes, torneios, bacanais públicos e privados, caçadas e mascaradas.

 E após o banquete que seguia à primeira missa do neo sacerdote - quanta diferença do pedaço de pão seco e preto de certos santos! - vinham os festins de arrebentar o estômago, com as consequentes procissões de penitência. que se transformavam geralmente em grotescas e vergonhosas paródias!

 Os templos tinham-se convertido em lugares de encontros para contratos e reuniões, não se respeitando nem sequer as funções, que se desenrolavam em ritmo acelerado e cerrado, pois os afazeres mundanos urgiam muito mais que os divinos. E quantas vezes, evaporado o perfume do incenso diante do Santíssimo Sacramento, as igrejas tomavam o aspecto de amplas salas de baile, ou senão, de tabernas apropriadas para banquetes e borracheiras! Quando - coisa sem dúvida muito menos indigna! - não eram usadas para malhar o trigo ou a aveia, e o ribombo das pancadas ecoava estrondosamente pelas naves da igreja!...

 Nem faltavam os espertalhões que fingiam confessar-se, embriagados como estavam, para ter o gosto de ver o confessor fugir diante da ostentação de suas velhacarias e afirmações licenciosas e sádicas. E quem se retirava quase sempre o fazia para não estourar também ele em ruidosas gargalhadas; não certamente por horror e devoção. Durante o carnaval, no primeiro domingo da quaresma, acontecia, frequentes vezes, que os sacerdotes, no entusiasmo de insensata estúrdia, entoavam o aleluia da Ressurreição - com certo antecedência! Não pareçam histórias narradas para colorir o quadro! Giussano fala, é verdade, com aquele seu tom algo impetuoso e inclinado ao trágico, mas Ferragata, Oltrocchi e Ormaneto, essas e outras alegrias as colocam em pratos limpos a Carlos em suas cartas.

 Que de vezes depararam com vigários que estavam governando uma paróquia havia trinta anos sem jamais ter recebido as ordens sagradas, e com certos bispos que, ao administrar o sacramento da Crisma, tinham sido enxotados pelo povo que nunca os vira uma vez sequer!...

 Oltrocchi nos relata, por exemplo, que o palácio arquiepiscopal já não possuía móvel algum, as mitras e o báculo tinham sido vendidos, as janelas prestes a desmoronar, as portas rachadas, e a imundície que se acumulava nos pátios era tanta, que quando se pretendeu assear o casarão, foram carregados cem carros de lixo.

 Bem diversa era a condição das cidades governadas por príncipes e reis italianos, como Turim, onde Emanuel Felisberto e Carlos Emanuel primeiro tudo fizeram pelo bem dos súditos; a religião era defendida, também se algumas vezes o rei se intrometia, talvez excessivamente, para retificar algum erro feito por pastores muito zelosos ou por inquisidores inflamados! Mas já é historicamente provado que não existiram piores senhores que os espanhóis em todo o mundo, tanto no novo como no velho; e que, de cá e de lá do oceano, o fim do seu domínio é saudado com razão como a libertação da mais execranda escravidão!

 As autoridades, assim chamadas governamentais, eram a expressão do século. É o século das Majestades Católicas, das Majestades Cristianíssimas e do Imperador do Sagrado Romano Império; pululavam os Condes, os Duques, os Vicereis, os Infantes, os Governadores, os Senados, as Juntas, os Excelentíssimos, os Magníficos e os Reverendíssimos; é o tempo das Academias, dos Doutíssimos, dos Ilustríssimos e dos Digníssimos. O 1ssimo estava na moda; mas a miséria que se ocultava sob o superlativo, era igual, senão superior, ao grau máximo do qualificativo...

 As autoridades, excessivas que eram, acabavam por destruir-se umas com as outras. E mandavam às favas a lei e principalmente a justiça, sua guarda mais segura. A injustiça e a negligência do método de governo exercido pelos espanhóis, tornaram-se proverbiais; e apesar disso, nenhum mau governo publicou tantas e tão disparatadas leis com penas de fazer eriçar os cabelos! "Aqui cabe tudo; é como o vale de Josafá", dizia o famoso advogado de "Os Noivos" a Renzo. E acrescentava que "sabendo-as manejar, ninguém é réu e ninguém é inocente". O que importava é que fossem salvos a forma e seus representantes - os gentis-homens, os cavalheiros de capa e espada, as personagens de toga, - eis o que se pretendia das prescrições e dos editais.

 No resto, o que tenha sido a sociedade milanesa e italiana no tempo e lugar onde vigorava o predomínio espanhol, deixou-nos páginas imortais Alexandre Manzoni; e por onde andou Dun Lisander, ninguém mais pode passar. 

3 years ago • J M J - Áudio Livros

Em breve no Canal: A Renovação Veio de Milão.



CARLOS BORROMEU E O SERVO DE DEUS, - JOÃO BATISTA SCALABRINI

 

                "É chegado o momento de confiar definitivamente a nossa Congregação à proteção de um Santo, cujo nome, conforme vosso desejo já tantas vezes expresso, sirva para distingui-la, e seja como que vosso lábaro e brasão.

 

                Depois de ter rezado e invocado as luzes do Espírito Santo, apresentou-se-me à mente, radiosa e suave como jamais acontecera antes, a figura do grande São Carlos, Pareceu-me de ouvir uma voz que me repetia:

 

                "Eis o patrono, o amparo, o modelo de teus filhos!" E naquele dia deliberei colocar a vós, vosso futuro e todas as vossas coisas em suas mãos.

 

                Chamar-vos-eis, de hoje em diante, portanto, os Missionários de São Carlos!

 

                São Carlos! Ele era, como já foi dito muitas vezes, um daqueles homens de ação que não hesitam, não se dividem, não recuam jamais, que em qualquer empresa colocam toda a força da própria convicção, toda a energia da própria vontade, toda a integridade de seu caráter, tudo o que são. E triunfam!

 

                São Carlos! Exemplo maravilhoso de impávida constância, de generosa paciência, de ardente caridade, de zelo iluminado, incansável, magnânimo, de todas aquelas virtudes que transformam o homem num verdadeiro apóstolo de Cristo. Ele tem sede de almas. Não deseja senão almas, não pede senão almas, não quer senão almas. Da mihi animas, coetera tole!

 

                São Carlos! É um nome este que o missionário católico não deveria nunca ouvir sem deixar-se inflamar pelo mais nobre, mais vivo entusiasmo, sem sentir-se profundamente comovido! Caríssimos filhos, espelhai-vos nele, recomendai-vos a êle, colocai nêle vossa confiança, e estai seguros de sua proteção!", (De uma carta do Santo Bispo a seus missionários esparsos pelo mundo)

 

                A Virgem Imaculada, pelo carinho com que dirige nossa vida, e a ti, meu irmão, que trabalhas pela renovação do mundo. - O Tradutor

 

 APRESENTANDO

 

                Leitor, "A Renovação Veio de Milão".

 

                Eis a melhor apresentação que lhe faço deste livro, que delineia os traços de uma figura providencial na Igreja de Cristo: São Carlos Borromeu.

 

                Foi êle preparado por Deus para renovar, de dentro, não apenas a igreja de Milão, mas, com sua influência, a Igreja Universal.

 

                Surgiu no cenário da História num momento de transição para novos rumos.

 

                Também nosso momento histórico é de transição. Conservaremos ranços acumulados de todo o passado? Sonharemos com miragens novas de cada presente?

 

                Ou, conduzidos pelo Espírito de Deus, penetraremos no eterno da mensagem evangélica, a fim de projetá-la em cada instante do tempo?

 

                Naquela situação histórica, qual foi a atitude do Santo Arcebispo de Milão, do eminente Cardeal da Igreja, do marcante Padre Conciliar de Trento?

 

                Leigos, seminaristas, sacerdotes, bispos e Cardeais poderão ler com proveito esta obra que a Congregação dos Padres Missionários de São Carlos Borromeu está oferecendo ao Brasil.

 

                Hoje, outro Arcebispo de Milão está à frente da Igreja Universal e da Igreja em Concílio. A Renovação, parece, continua vindo de Milão.

 

                São Paulo, 15 de agosto de 1964. - DOM ROMEU ALBERTI, Bispo Titular de Belali

 

 PREFACIO

 

                Um rápido olhar sobre as paginas da História da Humanidade leva-nos a uma observação bastante interessante. Perdido no tempo e no espaço, o homem atravessa, quase ininterruptamente, períodos de crises tremendas. Séculos que parecem arrastá-lo à ruína total. Épocas de trevas e tempestades. Tempos em que os valores ameaçam inverter-se. Foi o que aconteceu em 1500. Século da Reforma, do Renascimento, das Descobertas, de Filipe segundo, e da letargia da Igreja. Ondas de um mar revolto a despedaçarem-se reciprocamente.

 

                A Igreja, segundo a opinião corrente, chegara a seu fim. Estava superada. Necessitava-se de outras organizações e de outros ideais. A humanidade é uma eterna criança - com todos os defeitos consequentes! - conduzida pela mão carinhosa de Deus. Eis a nossa ventura. Temos um Deus que esquece nossas rebeldias. E que compreende e ama a nossa condição de criaturas miseráveis.

 

                E assim, em meio da confusão e do desespero que me davam no século 16, Deus enviou um homem. Um homem para renovar o que necessitava de restauração. Um homem para aquecer o coração frio e egoísta de tantas pessoas. Um homem para colocar no devido lugar a Igreja de Cristo. esse homem chamou-se Carlos Borromeu.

 

                É-nos quase impossível avaliar dignamente a importância do Cardeal de Milão para a vida da Igreja. Basta repetir que 1500 é termo e início de uma nova era. Fim do relaxamento e da decadência de tantos membros da Família fundada por Cristo. Começo da moralização dos costumes, do progresso espiritual e da renovação da Igreja. O movimento que hoje arrasta as almas generosas - restaurar tudo em Cristo - tem em São Carlos um precursor, um iniciador, ou melhor, um exemplo. Porque, para reformar, é preciso antes reformar-se.

 

                Sua carreira foi simplesmente maravilhosa. Tanto no mundo como na Igreja. Iniciou-a aos sete anos e acabou-a aos quarenta e seis. Abade, Clérigo, Cardeal, Secretário de Estado da Santa Sé, Sacerdote e Bispo, - os triunfos sucederam-se rápidos. Eis, porém, que também para Carlos aparece Cristo. E Carlos, como Paulo de Tarso, Francisco de Assis e Inácio de Loyola, respondeu: Sim! Duas etapas distinguem-lhe a vida. Períodos que se caracterizam pelo ideal que os moveu: o mundo ou Deus. A carne ou o espírito. O Carlos Borromeu da segunda fase está todo concretizado em dois conceitos, os ideais por que a sociedade sempre suspirou: A Renovação e a Caridade. Renovação: Começou-a reformando a si mesmo. Para depois passar aos outros. E o conseguiu. Clero e fiéis, todos sentiram sua benéfica irradiação. Irradiação que está intimamente vinculada com o Concílio de Trento.

 

                Caridade: não saberia defini-lo melhor do que com as palavras entusiastas dos admiradores de Jesus: Bene omnia fecit! Carlos esqueceu e crucificou a si mesmo pela vida e felicidade do rebanho que Deus lhe confiara. "Uma só alma é diocese bastante grande para um bispo!" Estas suas palavras deixam ver qual o zelo que lhe devorava a alma. Deu a vida pelas ovelhas. Lembremos quanto não fez durante o terrível flagelo que lhe entristeceu os últimos anos - a peste de 1576. "Vim para servir e não para ser servido!"

 

                É, por tudo isso, com suma alegria que entrego ao público brasileiro a tradução da vida de São Carlos Borromeu. Apresento-a como um exemplo para a concretização da reforma religiosa e pessoal - base das outras reformas. Como um exemplo de amor em nossa sociedade tão fria, que confundiu o amor com o egoísmo. Como um exemplo de constância entre as muitas dificuldades que tentam impedir a nossa vitória.

 

                Sinto-me também na obrigação de agradecer, profunda e cordialmente, a quantos colaboraram, de uma forma ou de outra, para que o trabalho fosse levado a termo. Que Deus os recompense!

 

                Sirva igualmente esse modesto trabalho como singela homenagem à Congregação dos Missionários de São Carlos e a seu Fundador, o Servo de Deus Dom João Batista Scalabrini. São Paulo, 4 de novembro de 1964 Resta de São Carlos Bonromeu.



Parte I O MUNDO DE CARLOS 

1. Na Fortaleza de Arona

2. E Apareceu uma Grande Luz

3. Preocupações de Abade

4. Milão em Duas Etapas

5. Apuros de Estudante

6. Excomungado

7. Lágrimas de um Santo

8. Pio IV

9. A Escalada da Glória

10. Surprêsas da Santidade

11. Trabalhos e mais Trabalhos

12. O Demônio e a Morte



Parte II A REFORMA DA IGREJA 

1. Trento e o Concílio 

2. As Arrancadas do Ascender

3. Caprichos do Papa

4. A Política ·do Céu e a Política da Terra

5. Começar pela Cabeça

6. O Discurso do Cardeal

7. Palestrina Triunfa

8. A Grade dos Conventos

9. Romantismo e · Realismo

10. O Sínodo Diocesano

11. Adeus



Parte III O PASTOR E O REBANHO 

1. O General sem Exército

2. Reformar-se para Reformar

3. O Céu torna-se mais Límpido 

4. O Espírito e a Pedra

5. Seminários e Sacerdotes

6. O Rito Ambrosiano

7. Zêlo de Pastor

8. Entre os Turbilhões da Tempestade

9. Não vim trazer a Paz

10. Crime no Arcebispado 

11. A Hora de Judas



Parte IV O PEREGRINO DE DEUS 

1. Conheço minhas Ovelhas

2. A Busca da Verdade

3. O Mistério do Amor

4. Na Terra de João XXIII

5. A Guerra Fria em Milão

6. O Lírio de um Menino

7. No Covil dos Bandidos

8. O Escândalo do Padre

9. Saudades de Roma

10. O Sudário de Turim



Parte V A IGREJA DA CARIDADE 

1. A Vingança de Deus

2. Na Luta pela Vida

3. A Prudência que não é Covardia 

4. Cadáveres Vivos

5. Um Discípulo de Cristo

6. A Lembrança da Cruz

7. O Rei sem Coroa

8. O Estado de Sítio

9. O Bom Samaritano

10. A Preparação do Sucessor

11. Com os Grandes do Mundo

12. A venturas também não Faltaram

13. Os Santos são sempre Insuportáveis

14. O Embate de Dois Séculos

15. O Chamado da Morte

16. Na Solidão com Deus

17. Assim Morrem os Eleitos

18. E no fim ... a Glória

Apêndice: Dom João Batista Scalabrini 

3 years ago • J M J - Áudio Livros

Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório — Bispo e Doutor da Igreja



 A barca na tempestade e a Igreja Católica



Domingo: Quarta Semana depois da Epifania



— "Levantou-se no mar uma grande tempestade, tal que as ondas cobriam a barca; entretanto ele dormia". (São Mateus 8,24)



I. Narra São Mateus que "subindo Ele (Jesus) para uma barca, (no lago de Tiberíades) o seguiram seus discípulos. E eis que se levantou no mar tão grande tempestade, que as ondas cobriam a barca; e entretanto Ele dormia. Então se chegaram a Ele os seus discípulos, e O acordaram, dizendo: Senhor, salvai-nos, que perecemos. E disse-lhes Jesus: Porque temeis, homens de pouca fé? E, erguendo-se, mandou aos ventos e ao mar, e segui-se logo uma grande bonança. Então muito se admiraram os homens, dizendo: "Quem é este, que até os ventos e o mar Lhe obedecem? — venti et maré obediunt ei!"



 O santos intérpretes veem naquela barca a figura da Igreja Católica. O inferno, por meio de seus ímpios satélites, lhe tem sempre suscitado, e especialmente hoje em dia lhe suscita as mais tremendas tempestades, que ameaçam submergi-la. E entretanto Jesus está dormindo, quer dizer, simula que não vê as tempestades ou que com elas não se importa. Mas o verdadeiro crente deve ter fé e não temer; porque a barca de Pedro pode, sim, ser coberta pelas ondas, mas nunca poderá sossobrar: portae inferi non praevalebunt (São Mateus 16,18) — "as portas do inferno não prevalecerão".



 Ah! Não duvidemos: tempo virá em que o Senhor, acordado de seu sono místico, pelas orações dos fiéis, se levantará, mandará aos ventos e ao mar, e se seguirá então uma grande bonança. Também os inimigos da Igreja, assombrados pelo modo como Deus a protege, dirão com as multidões do Evangelho: Quis est hic, quia venti et mare obediunt ei? (São Mateus 8,27) — "Quem é este a quem os ventos e o mar obedecem?"

II. Não temamos pela Igreja, mas temamos por nós mesmos, que talvez, fracos como somos e cercados de tantos perigos, naufraguemos miseravelmente. Por isso roguemos com a Igreja ao Senhor, "que, pelo seu auxílio, possamos vencer os males que por nossos pecados padecemos".



 Roguemos-Lhe sobretudo, pelos merecimentos de Maria Santíssima, que nos conserve o precioso dom da fé e repitamos muitas vezes: Domine, salva nos, perimus — "Senhor, salvai-nos; perecemos".



 † "Ó meu Redentor, terá por ventura chegado o momento terrível em que não restarão mais do que poucos cristãos animados do espírito de fé? O momento em que, provocada a vossa indignação nos tirareis a vossa proteção? Terão enfim as faltas e a vida criminosa de vossos filhos impelido irrevogavelmente vossa justiça a se vingar?
Ó autor e consumador de nossa fé, nós Vos conjuramos, na amargura de nosso coração contrito e humilhado, não permitais que a bela luz da fé se extinga em nós.



Lembrai-Vos de vossas antigas misericórdias; lançai um olhar de compaixão sobre a vinha que foi plantada pela vossa destra, regada com o suor dos apóstolos, inundada pelo sangue de milhares de mártires, pelas lágrimas de tantos generosos penitentes e fertilizada pelas orações de tantos confessores e virgens inocentes."



 "Ó divino Mediador, olhai para estas almas fervorosas, que elevando o seu coração a Vós, Vos pedem incessantemente a conservação do mais precioso de todos os tesouros, a verdadeira fé. Diferi, ó Deus justíssimo, o decreto de vossa reprovação, voltai vossos olhos de nossos pecados, fixai-os sobre o Sangue adorável que, derramado sobre a cruz, nos adquiriu a salvação, e intercede quotidianamente por nós sobre nossos altares. Ah! Conservai-nos a verdadeira fé católica romana.


Aflijam-nos embora as enfermidades, os pesares nos consumam, acabrunhem-nos as desgraças; mas conservai-nos a santa fé, porque, ricos com este dom precioso, suportaremos de boa mente todas as dores, e nada poderá turbar a nossa felicidade. Ao contrário, sem o soberano tesouro da fé, a nossa desgraça será indizível e imensa."

 "Ó bom Jesus, autor da nossa fé, conservai-a pura; guardai-nos firmemente na barca de Pedro, fiéis e obedientes a seu sucessor, vosso vigário na terra, a fim de que a unidade da santa Igreja seja mantida, a santidade animada, a Sé Apostólica livre e protegida e a Igreja universal dilatada para bem das almas."



 "Ó Jesus, autor de nossa fé, humilhai e convertei os inimigos de vossa Igreja; concedei a todos os reis e príncipes cristãos e a todo o povo fiel a paz e verdadeira unidade; fortificai-nos e conservai-nos todos em vosso santo serviço, a fim de que para Vós vivamos e em Vós também morramos. Ó Jesus, autor de nossa fé, viva eu para Vós e para Vós morra. Assim seja."

 https://www.youtube.com/watch?v=qLnAm... 

064. Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório (AUDIOBOOK)

J M J - Áudio Livros

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3 years ago • J M J - Áudio Livros